sábado, 24 de dezembro de 2016

SEGUE-ME


SEGUE-ME

Marcos 2: 13 a 22 /  Lucas 5: 27 a 39 / Mateus 9: 9 a 17
Isaías 43: 1 a 28
Gênesis 37: 1 a 40: 23

Marcos 2: 13 e 14 - "De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e Ele os ensinava. Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu." 

Aqueles dias em Kfar Nahum realmente foram marcantes. Yeshua tornou-se uma celebridade, já que tantos milagres começaram a se manifestar por sua Misericórdia e Amor. Aonde Ele ia uma multidão passou a acompanhá-lo, e "QUANDO IA PASSANDO"...
Esta frase pode parecer denotar um "acaso", mas, nunca há este tipo de coisa com Deus. O Todo Poderoso nunca chama ninguém "por acaso", como se escolhesse aleatoriamente alguém na multidão...
Este chamado é muito significativo! Embora saibamos que o Evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito; nas Bíblias de todo o mundo, o Evangelho de Mateus Levi é o primeiro a aparecer no Novo Testamento. Este fato se deu por Mateus (MATAI ou MATITUAHU) ter escrito seu Evangelho em Hebraico. Durante muito tempo considerou-se este o primeiro Evangelho escrito e por isso aparece em nossas Bíblias em primeiro lugar. 
O Evangelho de Mateus foi escrito em hebraico em Jerusalém, para ser utilizado por judeus e não judeus crentes em Yeshua, e foi traduzido para o grego, embora esta obra não tenha sobrevivido. Uma cópia do original hebraico era mantido na Biblioteca Teológica de Cesaréia Marítima. A comunidade nazarena transcreveu uma cópia para Jerônimo, que a utilizou em sua obra "DE VIRIS ILLUSTRIBUS". O Evangelho de Matitiahu era então chamado de "Evangelho dos Hebreus".

É necessário voltar no Levita Moisés para se invocar o Chamado desta tribo. Moisés, assim como Levi, não foi chamado ao acaso. Ele era filho de Amram, filho de Coate, filho de Levi (e portanto um Levita), que dos filhos de Jacó, foi o mais longevo no Egito, depois de morte de José e todos os seus irmãos. Logo, o responsável por guardar toda a história e tradição que veio desde o Éden, até à mente do hebreu MOSHE RABEINU (Moisés, o nosso mestre), para escrever a Torah.
Esta característica de Levi foi impressa em seus descendentes:  o cuidado com tesouro que chegou até sua vida através de seu pai Iacov (Jacó), e que esteve outrora sob os cuidados de Itzhac (Isaque), Avraham (Abraão), Shem (Sem), Noach (Noé), Matushelach (Matusalém) e Adam (Adão).
Foi por esta razão, que todas as tribos se prostituíram-se com o detestável Bezerro de Ouro e a Tribo de Levi, guardou-se de pecar contra O Nosso Deus. Foi por esta posição firme que O Eterno tomou os Levitas para o lugar de todos os primogênitos de Israel.
Foi por este zêlo, que PINCHAS BEN ELEAZAR BEN AHARON (Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão), atravessou o homem que zombou de Deus e de Moisés, logo após a prostituição com as mulheres coabitas, sendo que a recompensa para ele foi a ALIANÇA PERPÉTUA DE PAZ e o SACERDÓCIO PERPÉTUO, reafirmado na vida de Tzadok (Zadoque), seu descendente, de Ezra (Esdras), e dos futuros sacerdotes que servirão ao Eterno nos dias do MASHIACH.

Foi através desta responsabilidade de guardar a Palavra e lega-la às futuras gerações que Ezra (Esdras), juntou todo o povo e leu toda a Torah diante dos que voltaram do Exílio para que houvesse restauração no meio do povo de Deus depois de tanta contaminação na Babilônia.
Mais do que tocarem e cantarem, do que serem porteiros e guardas da Casa de Deus, os Levitas, sempre tiveram esta como a sua maior responsabilidade: Conhecer, Guardar e Transmitir a Palavra de Deus para sua geração e para as futuras.
Até o contestado historiador Flávio Josefo (YOSSEF BEN MATITIAHU), era um levita descendente dos Hasmoneus, portanto um Levita. Se há registros históricos e compreensão do que se deu nos 400 anos em que não houve profetas em Israel e das Guerras contra Roma, época da destruição do Templo e início do Judaísmo Rabínico é porque um Levita, mantendo a tradição de sua Tribo cumpriu o seu papel e o seu chamado...
Voltamos a Mateus Levi...
Yeshua havia se tornado muito conhecido em toda a cidade de Kfar Nahum e então quando ele passou E VIU, E CHAMOU, Mateus, este simplesmente O SEGUIU.
Mateus era um cobrador de Impostos, devemos lembrar que Kfar Nahum, estava bem na divisa de dois reinos um pertencente a Herodes Felipe e outro a Herodes Antigas  e portanto ali havia como uma Alfândega, onde os mercadores que transitavam pelo Caminho do Mar (estrada que ia do Egito até a região da Pérsia - por onde se movimentavam exércitos e se fazia comércio), tinham de parar para pagar impostos.
Os cobradores de impostos eram muito mau vistos por todos, sempre acusados de corrupção, enriquecimento ilícito, e de explorarem o próprio povo para encher os cofres do dominador (Roma). Os cobradores de impostos eram chamados de PUBLICANOS e comumente eram associados na mesma categoria dos PECADORES (adúlteros, prostitutas, pessoas que não se importavam com a Lei, e que se assimilavam ao dominador Roma em sua maneira de vestir abandonando hábitos tradicionais).
Yeshua VIU MATEUS. O Mestre estava organizando o seu time, e precisava de um LEVI, consigo. Mateus em seu Evangelho prova por meio das Profecias cumpridas em Yeshua que Ele verdadeiramente era O MASHIACH GLORIOSO DE ISRAEL, e por isso, tantas vezes escreveu: "isso ocorreu para que se cumprisse as Escrituras".
Talvez Mateus que gozava de uma importante posição social em sua cidade, jamais imaginou um futuro diferente, ainda mais ser um dos Apóstolos do Cordeiro, tendo o seu nome eternizado nos Fundamentos da YERUSHALAIM HACHADASHÁ (Nova Jerusalém). Mateus depois dos primeiros dias da Igreja pregou por cerca de 15 anos as Boas Novas de Salvação na Judéia e então como todos fugiu de Jerusalém e de Israel indo ele para a Pérsia, Macedônia, terminou o seu chamado na Etiópia (lembremos dos Falachas - os judeus negros que estavam lá desde os dias de Salomão), tendo escrito e pregado para que os judeus reconhecessem Yeshua como Mashiach, Mateus vai se encontrar com o Seu SENHOR.
Um Banquete
Mateus abandonou tudo para seguir Yeshua. Na mesma noite de seu  chamado, recebeu O Mestre em sua casa, recebendo juntamente muitas pessoas para jantar. Não sabemos que dia da semana se deu este jantar. Parece difícil ser num Shabat, o que justificaria tanta gente, mas, como falaremos abaixo esta era uma época de Jejum, e portanto não poderia ser um Shabat, o que é certo é que muitíssima gente estava ali, convidada por Mateus. Pessoas com as quais ele trabalhou durante muito tempo, e por isso estavam ali Publicanos (outros cobradores de impostos), e pessoas dos mais variados tipos da talvez nata da sociedade de Kafar Nahum. Também estavam os religiosos. É incrível pessoas convidadas para o jantar, compareçam apenas para falar mal e reparar nisso ou naquilo de seus anfitriões, mas, este tipo de coisa, parece que sempre existiu!
O mais incrível é que os fariseus, que estavam ali, falavam alto, criticando Yeshua por comer com eles... O Mestre demonstra então sua Missão: "Salvar os pecadores!" Os sãos (saudáveis), não precisam de médico, mas, sim os doentes. Yeshua, que começava a manifestar uma das principais características de seu ministério - FALAR POR PARÁBOLAS, deixa claro que aquelas pessoas estavam ali para criticar e não para serem abençoadas, tendo sido convidadas para um banquete tão especial, não estavam gozando da bênção da Presença do MASHIACH, e por isso, não experimentariam dos benefícios que Ele tinha para lhes dar... Que pena haver pessoas tão perto e tão longe ao mesmo tempo...
Os discípulos de João e os fariseus juntos...
Se já não bastasse os fariseus ali naquele jantar, estavam também discípulos de João, que tinha sido preso por Herodes. Yeshua havia chamado André, que era um deles, mas, nos parece que outros que estavam ali, passaram a criticar a Yeshua e certamente a seu antigo companheiro de discipulado, bem como os outros discípulos do Nazareno, por causa do JEJUM.

Os judeus jejuavam algumas vezes no Ano. O Jejum do Yom Kipur, estabelecido na Torah; O Jejum de Ester, estabelecido por Mordecai como parte das celebrações do Purim; O Jejum de 9 de Av, data da destruição do Templo, época que o povo murmurou contra Deus no deserto, levando-os a peregrinar 40 anos... Além disso, os fariseus tinham o hábito de jejuarem uma vez por semana, geralmente às 5ªs feiras, véspera do Shabat, também como uma tradição religiosa... E é provável, que o dia que ocorreu este jantar na casa de Mateus, fosse uma destas datas, em que os judeus jejuavam. 

Certamente não era um Yom Kipur, quando Deus, ordena que todos deveriam AFLIGIR AS SUAS ALMAS, ou talvez não tenha sido o Jejum de Ester, que embora fosse também uma Tradição, e não uma Lei (TORAH), mas, o que sabemos é que era um dia em que os discípulos de YOHANAM e também os fariseus estavam jejuando. Agora imaginem a cena: Alguns vão num Jantar e não comem, para dizer que estão de Jejum. Porque foram? Para aprender mais de Yeshua? Ah me poupe! Eles só o criticaram...

O quadro do embate está pintado: Yeshua na casa do publicano (para os judeus, um PECADOR), num dia em que todos jejuavam, comendo com amigos de Mateus, também mal vistos pela sociedade...

Outrora YOSSEF (José), figura de Yeshua na Casa de Yacov (Jacó), não compreendido por seus irmãos, foi duramente criticado e perseguido, até o ponto dele ser vendido a mercadores. Yeshua, não compreendido pelas pessoas que o assistiam começa a ser criticado e confrontado, pelo espírito da Religião que está agindo nas pessoas. 

Yeshua diferente de Yossef (que contava à pleno pulmões, seus sonhos), ordenava que os demônios que lhe reconheciam a autoridade, calados saíssem. Ele dizia às pessoas curadas que não contassem quem lhes havia feito tamanho bem. Infelizmente isso não foi suficiente para que o ódio contra a Manifestação do Poder de Deus, fosse amplamente 

A religião grita de dentro da gente, porque nós mesmos sabemos que fazemos muitas coisas erradas, mas, lutamos para manter um padrão de comportamento, principalmente público, que demonstre que nós somos fiéis a Deus, e fazemos coisas para provar isso. 

Quando alguém não cumpre os mesmos protocolos da religião, nós nos esquecemos das coisas ruins que fazemos, e supervalorizamos as coisas boas como uma bandeira do nosso temor a Deus... Muitas coisas no entanto que usamos, para esconder nossa miséria humana, por conta do pecado, sequer é a Vontade de Deus. Não que as tradições sejam ruins, pelo contrário, imaginem, pessoas, que jejuam constantemente, buscando a Deus, se isso é algo ruim? É claro que não! Agora, quando alguém faz algo, que Deus não pediu, e quer obrigar outros a fazer tais coisas, como se fosse um padrão de espiritualidade, ou uma regra para se denotar um bom servo de Deus.... Ah não! Isso é PECADO, E PURA RELIGIÃO... 

O JANTAR ESTÁ SERVIDO! A comida de Yeshua é fazer a Vontade do Pai, que está nos Céus...

Questionado pelos discípulos de Yohanam e pelos fariseus ali presentes Yeshua não se digna a falar com eles claramente. Nós temos aprendido isso. Ele só falava a eles por parábolas. O Mestre diz que enquanto está presente o Noivo, não podem jejuar os convidados; não é lógico que façam isso, não é certo que façam isso! 

Certo era que aqueles homens que se reuniram na Casa de Mateus, porque Yeshua estava ali, eram pecadores mesmo. Não porque não cumpriam as tradições religiosas dos fariseus, e dos discípulos de João, mas, porque muitos deviam roubar mesmo; adulterar, mentir, enganar, e coisas assim, porque TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS FORAM DA GLÓRIA DE DEUS, mas, Yeshua, mesmo comendo com eles, não agia como eles.

Yeshua naquela noite, não comeu ali carne de porco; não comeu sangue; não comeu camarões ou frutos do mar, nada que a TORAH proibisse. Ele, não pecou! Jamais pecou! Ele comeu com pessoas que eram de má reputação. 

O que acontece no entanto é que se alguém é visto com pessoas de má reputação, parece que todos possuem as mesmas práticas. E Yeshua nos mostra e ensina, que não precisa ser assim, pelo contrário. Jesus nos ensina a andar com todo tipo de pessoa, mas, manter um comportamento que possa ser uma nova referência para elas.

Que não façamos como os religiosos, que vão criticar as pessoas porque não agem como agimos, mas, que deixem as pessoas curiosas, porque temos certos comportamentos, porque falamos, agimos, lidamos com certas situações diferente do que as pessoas que não conhecem a Deus como conhecemos... Nós pecamos também, e em algumas áreas que acertamos, não podemos exigir que os outros façam como nós, podemos inspirá-las, para que elas mudem. Enquanto devemos buscar exemplos que nos inspirem a melhorar e crescer cada dia mais, (YESHUA é o nosso maior exemplo), devemos andar com as pessoas, e mostrar que existe uma maneira diferente de viver, de trabalhar, de conviver em família, de conviver com os amigos, de tratar de negócios, de se divertir, segundo o Temor do Senhor... 

Agora uma das parábolas mais conhecidas de Jesus: O Vinho novo e o Vinho Velho...

Qualquer pessoa que caminhou algum tempo em tradições religiosas e se adaptou bem a elas, fez de tais tradições uma maneira de viver. E como dissemos, há tradições que não são ruins, há boas tradições, como jejuar, por exemplo.  Alguém que se adapta a este tipo de regras, é muito confrontado quando percebe que tais regras, não são condições para a Salvação, e nem para o relacionamento com Deus. Pessoas assim são chocadas, porque pensam: Como aqueles que não praticam o que eu pratico, podem achar que possuem um relacionamento com Deus como eu, ou ainda melhor?

Falando assim, parece que nunca nos conseguimos enquadrar entre os religiosos... Pelo contrário conseguimos pensar em dezenas de pessoas que conhecemos e que as reputamos por religiosos... Mas, Jesus está falando com cada um de nós.

Frases do tipo: Ah no meu tempo é que os louvores era bonitos; antigamente a gente jejuava mais, orava mais; hoje em dia não tem mais aquele temor que tinha antigamente; Um certo tipo de vocabulário; um certo tipo de uniforme; um certo tipo de comportamento diante dos irmãos, diferente do que teríamos se não estivessem presentes. Um certo tipo hábito que temos e exigimos no convívio com os irmãos, mas, não praticamos no nosso dia a dia com nossa família e amigos... são mais do mesmo fermento, da mesma religião que fazia com que as pessoas não entendessem as parábolas de Jesus....

Todos nós precisamos de colírio para os nossos olhos. Todos nós precisamos do antídoto, contra este demônio da Religião. Todos nós precisamos do Espírito Santo escrevendo em nossos corações a TORAH de Deus, não para que mostremos para os outros, mas, para que vivamos para Deus.

Há algo novo que Deus, quer e vai derramar, mas, se não mudamos nossa maneira de ver, de entender, de viver, Deus não pode derramar... Pois se ele derramar este Novo, isso se perderá, mas, pior do que se perder o que Deus está para fazer... Nós nos perderemos, porque não aguentaremos este Novo de Deus. 

Vamos ficar como juízes de nossos irmãos, não aproveitando o que Deus está fazendo e não permitindo que ninguém ao nosso redor aproveite, porque vamos considerar, errado, pois em nossa tradição e religião, aquilo que estamos vendo não é como o que já vivemos no passado.... Se desperdiça o Novo de Deus, e vidas são destruídas...

Num pano velho não se põe um remendo de pano novo. Porque a costura vai ceder e vai se perder o remendo novo e não vai solucionar o problema do velho... Não se põe vinho novo em odres velhos, se não se perde o vinho e se arrebenta os odres...

Vejam que coisa nova Deus está fazendo?!
Orem, se esforcem, rejeitem a Religião, as práticas (até boas), foram importante no passado, foram passos importantes que demos em nosso crescimento espiritual, (nunca esteve em jogo o fato de tais coisas terem sido importante). São como cadernos de escola, que alguém guarda desde o primário.... Foram importantes, mas, hoje não são mais necessários. Ninguém vai olhá-los para aprender algo... Não podemos obrigar que os outros aprendam com os mesmos métodos, como quem diz: “Não há outra maneira de aprender!”

Deseje O Vinho Novo! Permita uma mudança no teu interior!
Não é necessário que alguém morra pra você seja mais flexível!
Não faça porque está escrito; Não faça por que os outros fazem; Não faça porque você sempre fez...
FAÇA POR AMOR; FAÇA PORQUE YESHUA FEZ; FAÇA PORQUE HÁ UMA CONVICÇÃO DENTRE DE VOCÊ QUE É O QUE JESUS FARIA...

SE VOCÊ FOI CONVIDADO PARA UM JANTAR E YESHUA VAI ESTAR LÁ... 

NÃO FALE! OUÇA! 
NÃO CRITIQUE! AME!

NÃO PERCA! GANHE!


KI MITZION TETZEH TORAH
U´DEVAR ADONAI MIYERUSHALAIM!
(Porque de Sião virá a Lei e a
Palavra do Eterno de Jerusalém!)

LEIA TAMBÉM O COMENTÁRIO DA PARASHAT HASHAVUA (A Porção da semana): VAIESHEV (CLICK AQUI)


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem

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